Atividade postada no Google sala de aula em 22/10/2020
Diferentes interpretações sobre o 13 de maio
Olá jovens alunos!
A Lei Áurea foi assinada no dia 13 de maio de 1888 pela
princesa Isabel, filha de d. Pedro II. Durante muito tempo a princesa foi
considerada uma salvadora dos escravos, uma alma bondosa que resolveu acabar
com a injustiça da escravidão, entretanto, outras formas de entender a história
deram o devido protagonismo as pessoas que também lutaram e também resistiram
contra a escravidão. Na atividade de hoje vamos estudar essas duas visões sobre
a Lei Áurea, acessem o formulário para ter acesso ao conteúdo.
Texto 1
E
é com bela caneta de ouro que ela assina a lei que a Nação enternecida
cognominou de “áurea”. Na rua, a multidão em altos brados exige a presença de
Isabel. E a princesa aparece à janela, tendo ainda na mão a pena que acabou de
dar a liberdade à raça negra do Brasil. Na praça inteira, o povo agita os
braços festivamente, em pleno delírio:
Redentora! Redentora! Redentora!
E, quando o estridor da rua se vai apagando, no salão uma voz se alteia,
num brado que a todos surpreende:
Meu Deus! Meu Deus!Já não há mais escravos em nossa terra (...)
O que se segue depois que Isabel, com sua assinatura, sanciona a lei, são
festas, mais festas na cidade inteira, em todas as cidades, em todo o país.
Festas durante dias seguidos, durante meses. Festas nas ruas, festas nos
corações.
Festa no coração dos negros, que ficaram livres do cativeiro que os
atormentava. Festa também no coração dos brancos, que livres ficaram da nódoa
que lhes desonrava a Pátria.
CORRÊA, Viriatto. História da liberdade no
Brasil. 2ª ed., Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1974, p. 203-204. In:
VICENTINO, Cláudio. Viver a História. São Paulo:Scipione, 2005, p.
297.
Texto 2
O título de
"Redentora", consagrado pelos áulicos da História oficialista à
Princesa Isabel, não passa de mais uma falácia com que se costuma enganar
nossos estudantes de História. A Abolição não proveio do bondoso coração da
regente. Foi produto de uma luta violenta, sangrenta, cheia de heróis anônimos.
Foi produto também do desespero de uma monarquia decrépita, já desprovida de
bases de apoio social, condenada, e que agiu como o afogado: agarrou-se a uma
palha. Só que já era tarde demais.
MENDES, Jr., Antônio e MARANHÃO, Ricardo.
Brasil história: texto e consulta. República Velha. São Paulo: Brasiliense,
1983, p.127-8. In: VICENTINO, Cláudio. Viver a História. São
Paulo:Scipione, 2005, p. 297.
Atividades:
Responda as questões abaixo:
1) O texto 1 elogia ou critica a ação da princesa Isabel?
Justifique sua resposta.
2) E o texto 2 elogia ou critica a ação da princesa Isabel?
Justifique sua resposta.
3) A imagem abaixo está de acordo ou contra a intenção da
construção da imagem de uma princesa salvadora dos escravos? Justifique sua
resposta.